Megamania (Activision, 1982 - Atari 2600)

Activision, novamente! E desta vez com a belíssima fantasia espacial de Steve Cartwright: Megamania. Ferros de passar roupa, rodas de automóveis, gravatas borboleta e ioiôs são alguns dos inimigos que vêem do espaço, e precisam ser combatidos em terra por você! Pesadelo!? Não, em absoluto... É apenas mais um grande jogo maluco dos anos de ouro da Activision!

O MIMETISMO ESPACIAL

Cartwright admite ter embaralhado todos os jogos de tiro espacial que ele já havia jogado, em Megamania. Dessa forma,  você tem às vezes a impressão de estar tendo uma alucinação com um Space Invaders povoado de hambúrgueres, ou um Asteroids com queijos porosos orbitando o espaço sideral.

Em Megamania, você controla uma unidade de combate terrestre, que se move lateralmente pela base da tela, como a maioria de jogos de tiro da época. Os ultrajantes invasores têm seus movimentos próprios, e ritmo variados. 90% deles têm o recurso de atravessar a tela em movimento contínuo, mas seu canhão laser não. Um dos erros fatais é seguir o inimigo para a direita da tela, e ficar encurralado numa das extremidades, facilitando o ataque dos ETs esquisitões.

Você tem a opção de controlar a direção dos disparos de acordo com o movimento da nave, o que é muito útil para abater os inimigos. Com as rajadas de laser dançando ao seu comando, o pesadelo pode tomar o seu partido, e nenhum objeto inanimado do dia-a-dia causará estragos à sua pobre mente de jogador inveterado.

JOGABIILIDADE DESAFIADORA

Através dos 8 estágios de Megamania (que se repetem, com nova dificuldade, agregando  outros movimentos aos inimigos) você faz sua pontuação, dependendo do tempo que gastar em cada um. O tempo é limitado, e pode lhe custar uma vida caso não consiga detonar os monstros da sua rotina subconsciente. A cada 10.000 pontos você conquista uma vida nova, essencial para os imprevistos das fases mais difíceis.

Na primeira e terceira fases, você enfrenta hambúrgueres e insetos que atravessam a tela, sobrevoando sempre no topo. Na segunda e na quarta, os objetos percorrem a área da tela tanto na horizontal quanto na vertical, alternando sua trajetória com os mais desconcertantes contrapés. Os inimigos nessas fases são rosquinhas e pneus radiais. Na quinta e sétima tanto os diamantes quanto as gravatas borboleta não despencam do alto sobre a sua cabeça, mas ficam oscilando verticalmente enquanto percorrem os céus.

Na sexta fase, 3 filas de ferros de passar roupa invadem pouco a pouco seu território (se você não abrir uma brecha com o laser, em cada uma das fileiras, será uma vida perdida), descendo sem a menor lógica, num dos mais perversos ataques do jogo. Na oitava, a última de cada ciclo de Megamania, uma chuva de dados espaciais (como são chamados) vem completar a brincadeira. Para nós, mais parecem pedaços de queijo parmesão do que qualquer outra coisa, mas o fato é que devem ser destruídos da mesma maneira.

O senso de antecipação que faz parte da jogabilidade de Megamania é o mesmo. Só a postura muda de acordo com o inimigo esdrúxulo, mas a concentração, e a coordenação do ataque com o desvio dos objetos e disparos mortais, é que fazem desse jogo um dos grandes clássicos do Activision; e porque não dizer, do Atari 2600.

Com os sons soberbamente imersivos, os ricos gráficos para a época, e a diversificação da ação com o correr do jogo, Megamania é um excitante desafio gamístico. Basta começar a jogar, e logo você se tornará um Megamaníaco!

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* Descompacte o emulador e a ROM do jogo em um mesmo diretório, utilizando programas como o Winzip