Lançado com grande alarde, com mais de 10 milhões de cópias vendidas em um mês, Monster Hunter Wilds não conseguiu manter seu ritmo, adicionando apenas 500.000 vendas desde então. E enquanto muitos apontam para o conteúdo ruim e as avaliações mistas, o presidente da Capcom, Haruhiro Tsujimoto, prefere apontar outro culpado: o preço ainda alto do PlayStation 5.
Em entrevista à Nikkei Gaming, Tsujimoto aponta que o PS5 foi considerado a plataforma principal do título durante as projeções de vendas. Um erro de cálculo: entre o console, seus acessórios e a inevitável assinatura PlayStation Plus, o preço sobe para cerca de 100.000 ienes (R$ 3.7000). Adicione a isso o preço do jogo e atrair novos consumidores se torna muito difícil, de acordo com o presidente da Capcom. Especialmente porque ainda é possível comprar Monster Hunter World ou Rise, ambos com desconto regular de menos de dez dólares.
Embora o raciocínio de Tsujimoto pareça coerente, ele tira da equação as queixas dos fãs quanto ao conteúdo limitado do jogo e algumas mudanças que eles consideraram um retrocesso em relação a Monster Hunter World e Monster Hunter Rise, como a dificuldade reduzida e mal balanceamento de sistemas como o da alimentação e uso dos Palicos.
Ciente da dificuldade, a Capcom já tentou estancar a sangria vendendo Wilds com 20% de desconto a partir de junho, juntamente com a chegada de sua segunda atualização gratuita. Além disso, novos cortes de preço são esperados, já que a empresa conta com essa alavanca comercial para impulsionar as vendas ao longo do ano. E, por outro lado, a Capcom considera uma nova opção: o Nintendo Switch 2. Embora nada tenha sido anunciado formalmente, a empresa reconheceu que seu preço mais acessível valida a ideia de uma base de clientes cada vez mais preocupada com o orçamento. A partir daí, é natural imaginar Wilds chegando ao futuro console da Nintendo.
Por enquanto, Monster Hunter Wilds está disponível para PS5, Xbox Series X|S e PC.