A Sony divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre fiscal de 2025, encerrado em setembro, e mais uma vez a divisão PlayStation se destacou como um dos principais motores de receita da companhia. As vendas do PlayStation 5 chegaram a 84,2 milhões, um número muito próximo daquele que o PlayStation 4 tinha na mesma fase de seu ciclo.
A Sony Group Corporation registrou vendas consolidadas de 3,107,9 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 21,1 bilhões) e um lucro operacional de 429 bilhões de ienes (US$ 2,9 bilhões), representando um crescimento de 5% e 10%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.
A divisão de Game & Network Services (G&NS), responsável pela PlayStation, alcançou vendas de 1,113,2 bilhões de ienes (US$ 7,6 bilhões), um aumento sólido na comparação anual, embora o lucro operacional tenha caído para 120,4 bilhões de ienes (US$ 820 milhões), abaixo dos 138,8 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano anterior. O resultado reforça a força contínua da marca PlayStation, mas também evidencia a pressão crescente sobre as margens da divisão, impactadas por custos de desenvolvimento, marketing e investimentos em títulos de grande orçamento.
Mesmo após completar cinco anos de mercado, a PlayStation 5 mantém um ritmo de vendas impressionante. As estimativas apontam que o console segue praticamente empatado com o desempenho da PlayStation 4 no mesmo ponto de seu ciclo de vida, o que mostra a resiliência da plataforma e o interesse constante do público. É importante destacar que o PS5 teve um impulso contrário às vendas em comparação com o PS4 nesta fase, devido à inflação. Enquanto o PS4 já era vendido com desconto em seu quinto ano (US$ 300), o PS5 teve seu preço aumentado e este ano passou a custar US$ 550 no mercado norte-americano.
A Sony enfatizou que sua estratégia para os próximos trimestres será focar menos na expansão pura da base de consoles e mais na monetização dos usuários existentes, aproveitando o ciclo de vida prolongado da PS5 e a fidelidade dos consumidores à marca. A empresa também destacou o crescimento nas vendas de software e serviços online, confirmando que o futuro da divisão está cada vez mais ligado a modelos de assinatura e distribuição digital, em linha com a tendência do mercado global de games.
Os jogos como serviço, como Helldivers 2, Destiny 2 e MLB The Show 25, representaram mais de 40% da receita de software próprio da PlayStation durante o último trimestre. Helldivers 2 tem sido o principal motor deste negócio e segundo a Sony, o desempenho do jogo segue “extremamente bom” após seu lançamento para Xbox em agosto, com vendas “significativamente” maiores em comparação com o ano anterior. Já Destiny 2, da Bungie, segue em trajetória descendente e teve desempenho abaixo das expectativas iniciais.
“Em relação a Destiny 2, parcialmente devido às mudanças no ambiente competitivo, o nível de vendas e o engajamento dos usuários não atingiram a expectativa que tínhamos no momento da aquisição da Bungie”, afirmou a Sony. “Embora continuemos a fazer melhorias, revisamos para baixo a projeção de negócios por enquanto e registramos uma perda por redução ao valor recuperável de parte dos ativos da Bungie”.
Um recuo no lucro operacional da divisão G&NS mostra que o crescimento das receitas não foi acompanhado por uma expansão proporcional das margens. Parte desse efeito é atribuído ao aumento dos custos com desenvolvimento de jogos first-party e às despesas associadas à manutenção e expansão de serviços online, além da variação cambial. A companhia reconheceu esses desafios e reafirmou o compromisso em buscar eficiência operacional para preservar a rentabilidade.