Poucos dias após revelar que seu próximo projeto é um novo Divinity, o Larian Studios falou sobre seus planos para o jogo em entrevista ao site PC Gamer.
Primeiramente, Divinity não será uma simples sequência de Divinity: Original Sin II, mas também não representará uma ruptura completa com os fundamentos que o estúdio construiu ao longo dos anos. A jogabilidade por turnos ainda estará presente, mas o fundador do estúdio, Swen Vincke, antecipa que haverá uma evolução deste elemento graças a um novo conjunto de regras, construído sobre tudo o que a Larian aprendeu com Original Sin, Original Sin II e Baldur’s Gate 3.
Apesar de Baldur’s Gate 3 já ter se destacado pela enorme profundidade de sua jogabilidade, Divinity está sendo apresentado como o jogo mais ambicioso já desenvolvido pelo Larian. De acordo com Vincke, o estúdio almeja um nível de liberdade ainda maior do que em Baldur’s Gate 3, tanto em termos de narrativa quanto de sistemas. As escolhas do jogador, portanto, devem ter consequências mais profundas, abrangentes e visíveis ao longo da aventura. O Larian fala em “sequências de consequências mais profundas”, ou seja, o jogador conhecerá uma história mais dinâmica, com um enredo que reage ainda mais às decisões tomadas durante a jornada.
Além disso, por trás dessa ambição, há um projeto técnico de longo prazo. O Larian explica que Divinity é baseado em uma grande evolução de seu motor gráfico, resultado de anos de iterações sucessivas. O objetivo não é apenas visual, mesmo que a fidelidade gráfica tenha sido significativamente aprimorada, segundo o estúdio. Além disso, novas ferramentas também facilitam a experimentação de regras pelos designers, enquanto sistemas analíticos mais avançados tornam as fases de teste mais eficientes.
Divinity já entrou na fase de produção completa, com gravações de diálogos e performances já em andamento. Isso não significa necessariamente que o lançamento seja iminente: Vincke esclarece que essas gravações continuarão ininterruptas por uma parte significativa do desenvolvimento. Além disso, o estúdio não descarta nenhum método de lançamento e o acesso antecipado, que funcionou em Baldur’s Gate 3, parece um caminho natural.
Quanto à atmosfera, o Larian indica que Divinity explorará temas sombrios e, por vezes, horripilantes, sem retratar um mundo perpetuamente sem esperança (ao contrário do que o trailer possa ter sugerido). Adam Smith, o diretor e roteirista, enfatiza o conceito de contraste: o objetivo é confrontar o jogador com o horror e, em seguida, deixá-lo livre para decidir o que fazer com ele.
Divinity ainda não tem previsão de lançamento nem plataformas anunciadas.