Em depoimento no julgamento da ação da Federal Trade Commission (FTC) contra a fusão da Activision Blizzard com a Microsoft, o chefe do Xbox, Phil Spencer, chamou a guerra dos consoles de uma “construção social” e criticou pesadamente as práticas da Sony para enfraquecer o Xbox no mercado.
“Você acha que os jogos da Microsoft perderam a guerra dos consoles?” perguntou um dos advogados na audiência, ao qual Spencer respondeu: “Como a guerra de consoles é uma construção social com a comunidade, eu nunca gostaria de nos excluir de nossos fãs”, diz Spencer. “Estamos em terceiro lugar. Estamos atrás da Sony e da Nintendo no compartilhamento de consoles localmente”.
Os questionamentos ao chefe do Xbox seguram com a pergunta se ele considerava a Sony um concorrente agressivo. “A Sony é líder de mercado com uma capacidade considerável e um concorrente agressivo”, respondeu Spencer.
“Toda vez que lançamos um jogo no PlayStation… a Sony capta 30% da receita que fazemos em sua plataforma e então eles usam esse dinheiro entre outras receitas que eles têm que fazer para tentar reduzir a sobrevivência do Xbox no mercado”, comentou o executivo. “Tentamos competir, mas como eu disse, nos últimos 20 anos não conseguimos fazer isso de forma eficaz”.
Embora incomuns, alguns jogos da Microsoft são publicados no PlayStation como Psychonauts 2 e o mais famoso deles, Minecraft e seus “spin-offs” como Minecraft Dungeons. Desde a aquisição da Bethesda em 2020, a Microsoft também honrou contratos assinados previamente assinados com a Sony para os lançamentos de Deathloop e Ghostwire Tokyo no PlayStation 5.
Pelo modelo de publicação da Sony, ela subtrai 30% das receitas dos jogos lançados em suas plataformas a título de royalties. A prática é a mesma das lojas de aplicativos da Apple e Google.