O estúdio inglês SimBin anunciou a criação da Women and Wheels, uma liga de eSports dedicada a jogos de corrida da qual somente mulheres poderão participar.
Defendendo a bandeira da igualdade de gênero, os criadores da competição optaram pela desigualdade para forçar a participação de mulheres nos jogos de corrida, onde hoje elas são uma minoria, cerca de 7%.
A competição será lançada nos próximos meses na Steam e uma porcentagem dos rendimentos – se existirem – será destinada a movimentos feministas.
Segundo o chefe do SimBin Studio, Allan Speed, a Women and Wheels visa encorajar a participação das mulheres em eSports em geral e “eventualmente levar à participação e competição iguais com os homens”. O universo dos jogos competitivos seria, segundo ele, dominado por homens, misógino e cheio de bullying contra as moças.
Marie-Claire Isaaman, CEO da Women in Games, lamentou que seja necessário criar uma competição apenas para mulheres, mas considera que a iniciativa é necessária. “É uma pena que precisemos de equipes, ligas e competições exclusivas para mulheres”, disse ela. “Mas até que o setor amadureça completamente, torna-se mais equilibrado em termos de gênero e toma medidas para erradicar o bullying e a misoginia online, eles representam uma ótima maneira de envolver mais mulheres desenvolvendo comunidades, confiança e habilidades”.
Os prêmios para a competição Women and Wheels incluem uma cadeira para jogos de corrida de 3000 mil euros e dois volantes Fanatec Racing Wheel.
O estúdio SimBin foi criado originalmente na Suécia, mas mudou seu nome para Sector3 em 2014. O novo SimBin, agora baseado na Inglaterra, está sendo liderado por Allan Speed, ex-Bizarre Creations, e seu primeiro projeto será GTR 3, que sai no ano que vem para o PC, PlayStation 4 e Xbox One.
