A Sony afirmou que os preços do PlayStation 5 e outros produtos podem aumentar ainda mais, dependendo do impacto causado pelas tarifas globais anunciadas pelo governo americano.
No momento, a empresa estima que as tarifas americanas terão o custo de 100 bilhões de ienes (US$ 680 milhões) no próximo ano. Mesmo que tenha um estoque do PlayStation 5 para durar três meses nos Estados Unidos, a partir da reposição desse volume o console estará mais caro, seja para a Sony ou para o consumidor. A questão a ser esclarecida é se o custo extra será todo repassado ao consumidor e qual será o percentual final das tarifas, que ainda estão sendo negociadas entre o governo americano e vários países.
A Sony anunciou recentemente um aumento de 50 euros no preço do PS5 digital na Europa, válido a partir desta quarta-feira, e um aumento proporcional na Austrália e Nova Zelândia. No Japão, o console ficou mais caro em agosto de 2024, mas na ocasião foi levada em conta apenas a inflação e apreciação do dólar frente ao iene. O PS5 Pro, modelo mais caro da linha, ainda não teve seu preço aumentado.
Como alternativa, a Sony considera aumentar os preços de outros eletrônicos para compensar as margens menores com o PS5, mas esta é uma equação que envolve vários fatores, incluindo a concorrência com o Xbox e Switch 2.
Segundo o CEO da Sony, Hiroki Totoki, a empresa está considerando transferir parte da produção do PS5 para os EUA na tentativa de evitar as tarifas.
“O hardware pode, é claro, ser produzido localmente, acho que seria uma estratégia eficiente”, disse Totoki. “O PS5 está sendo fabricado em muitas áreas, seja nos EUA ou não — isso precisa ser considerado daqui para frente”.
O preço do PlayStation 5 no Brasil por enquanto não foi alterado.