O designer Eric Chahi, criador do clássico Another World (Out of this World) e mais recentemente From Dust, revelou seu próximo projeto. Ele se chama Paper Beast e será lançado ainda em 2019 para PlayStation VR.
Novamente, Chahi irá explorar um tema original e contará uma história sem palavras. O enredo fala de um ecosistema surgido “em algum lugar das profundezas da memória de um servidor”, onde formas de vida foram criadas a partir de “décadas de código e algorítmos que se acumularam nas correntes da internet”.
“Alguns anos atrás, estava brincando com elementos de física da Unity Engine, com vários novos elementos de jogabilidade em mente. Noções de Big Data passavam pela minha cabeça. Como sabe, sempre gostei de explorar novos conceitos e territórios criativos. Foi essa mesma motivação que me ajudou a criar Another World (Out of this World) lá em 1991, para o Amiga”, comentou o designer.
“Para ser independente e livre para compartilhar minha paixão pela exploração e novas tecnologias, criei meu próprio estúdio: Pixel Reef. O estúdio é como nosso atol, nosso lugar de felicidade — um lugar dedicado à exploração criativa. Com Paper Beast, queremos criar um ecossistema completo e com vida selvagem diferente. Queremos reproduzir a empolgação de um explorador quando descobre uma terra virgem, um lugar onde nenhum humano esteve antes. Quando você observa animais na natureza, sente algo especial sobre seus movimentos e reações. Mostram um senso de vitalidade intenso que torna a exploração mais rica. Você poderá interagir com as criaturas e começar a formar laços delicados com elas”.
“Todas as partes da jogabilidade são criadas em cima de uma simulação que cobre cada detalhe concebível, de simulação de terreno até a movimentação dos animais. É possível interagir com o ambiente como em um universo imersivo e divertido. As criaturas adaptam seu comportamento baseado nas suas ações e interações como jogador. Paper Beast não é um jogo sobre ser deus, mas possui alguns elementos de um”.
Chahi se interessou pela realidade virtual pela imersão criada pelas imagens, bem como pelo áudio, que ele diz ser responsável por 50% da imersão.
“A imersão em 3D sempre me cativou: poder sentir o ambiente em torno de você por completo. Com o PS VR, seus gestos ocupam espaço, então você pode entrar em um mundo vivo e inteiramente interativo. Uma das lições que aprendi durante o desenvolvimento é a importância do som para a imersão em VR. Nos filmes, dizem que o som é 50% da experiência. Tudo fica mais tangível com sons autênticos. Isso é ainda mais importante em VR. O som é 50% do espaço! Aqui no Pixel Reef, temos três pessoas trabalhando em tempo integral para entregar uma experiencia binaural completa”.
Paper Beast está em desenvolvimento há três anos e ainda não tem data certa para sair.