As primeiras análises de ReCore publicadas em sites internacionais indicam que o jogo não está à altura dos currículos de seus criadores, que incluem pessoas responsáveis por jogos como Metroid Prime e Mega Man.
ReCore foi anunciado como um exclusivo do Xbox One (e PC) no gênero aventura que iria misturar elementos de dois clássicos da Nintendo: The Legend of Zelda e Metroid. Sendo uma colaboração entre os estúdios Comcept, de Keiji Inafune, criador de Mega Man, com o Armature, formado pelos responsáveis por Metroid Prime, havia a expectativa de que a promessa pudesse ser cumprida desta vez, mas aparentemente o jogo não foi desenvolvido com o mesmo esmero dos clássicos japoneses que o inspiraram.
O consenso entre os avaliadores até agora é que ReCore tem bons conceitos, boa arte e personagens com carisma, porém é prejudicado por problemas como tempos de carregamento excessivamente longos e, principalmente, por prolongar sua durabilidade forçando o jogador a cumprir missões chatas de coletar itens.
O site Polygon resume a queixa mais comum sobre o jogo escrevendo em seu veredicto que “quando funciona, ReCore é um jogo que evoca uma era diferente de jogos de ação. Mas na sua metade final, o Comcept e o Armature deixaram que a estrutura de ‘coletar itens’ e um mundo aberto mal feito arrastassem a coisa toda de volta ao chão”. A nota é 6,5/10.
O avaliador do Destructoid foi ainda mais rigoroso com a nota – 4/10 -, mas repetiu a crítica ao erro de design que força os jogadores a cumprirem missões chatas para prolongar a duração da aventura. O autor da análise menciona que, no final, o jogador tem que coletar 45 objetos para prosseguir, quando normalmente naquele estágio terá coletado apenas 15 ou 20 pelos eventos normais da história.
Como em outras análises, personagens como os CoreBots e elementos como a jogabilidade que mistura plataforma com tiro são itens elogiados na avaliação do Gamespot, mas os problemas técnicos, como “crashes” e tempos de carregamento de até três minutos no Xbox One, assim como o excesso de missões de buscar itens, acabam comprometendo o jogo. A nota é 6/10.
Por sua vez, o site Gamesradar deu a nota 2/5 e publicou uma resenha com os mesmos elogios ao conceito e aos personagens como a heroína Joule e seus robôs, mas também com críticas severas ao artifício de design usado para prolongar o jogo. “O ritmo que você estava experimentando nas últimos cinco e poucas horas (explorar masmorras para obter núcleos, use os núcleos para explorar novas áreas, veja um trecho de conteúdo da história, lavar, repetir) chega a um solavanco de interrupção e Recore de repente se torna um exercício de obter XP e retroceder. É praticamente um jogo totalmente diferente neste ponto, mas a suposta recompensa é que você precisa superar este segundo ato a fim de ter uma conclusão para o primeiro. Isso resulta em 12 horas ou mais experiência, mas que parece inflada”, escreveu o avaliador.
ReCore sai nesta terça-feira, 13 de setembro, para PC e Xbox One.
