Um americano de 19 anos que planejou um trote que resultou na morte de um pai de família, confundido com um rival online de Call of Duty, foi condenado a 15 meses de prisão na semana passada.
Casey Viner se declarou culpado de conspiração em um caso de “swatting”, uma brincadeira que envolve fazer chamadas falsas para a polícia ou o número de emergência 911 solicitando equipes da SWAT na casa de alguém. No caso, a vítima foi Andrew Finch, um residente de Wichita, Kansas, e pai de dois filhos, morto a tiros quando a polícia invadiu sua casa em dezembro de 2017 pensando haver um sequestro com reféns.
A decisão foi tomada depois que, em março, um juiz federal condenou o principal acusado, Tyler Barriss, a 20 anos de prisão. Viner havia recrutado Barriss para armar o trote contra um jogador rival, Shane Gaskill, que havia discutido com ele em uma partida de Call of Duty: WWII. Durante a briga, Gaskill conscientemente deu um endereço antigo a Viner, o desafiando a “tentar alguma coisa”, o que acabou levando Barriss a denunciar falsamente um tiroteio e sequestro na residência de Finch.
A polícia de Wichita atirou em Finch, que não estava envolvido na disputa, quando ele abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Finch morreu mais tarde em um hospital, e os promotores decidiram não apresentar queixa contra o policial que atirou, sob a justificativa que eles pensarem erroneamente que Finch tentava pegar uma arma na cintura.
Após a prisão, Viner será proibido de jogar videogame por dois anos durante período de liberdade supervisionada. O adolescente também foi acusado de obstrução da justiça e admitiu tentar esconder seu envolvimento no incidente de 2017. Uma acusação federal alegou que a investigação de seu telefone celular revelou mensagens excluídas de Finch, incluindo uma que dizia: “Eu me envolvi na morte de alguém”.
O terceiro acusado no caso, Shane Gaskill, conseguiu adiar o processo e tenta que as acusações contra ele sejam descartadas.