Uma troca de emails descoberta no catastrófico vazamento de documentos internos da Microsoft mostra que os executivos da empresa subestimaram Baldur’s Gate 3, considerado um “RPG requentado do Stadia”, em uma análise de possíveis adições ao Game Pass.
Um dos jogos mais aclamados pela crítica e no momento um sério candidato a Jogo do Ano de 2023, Baldur’s Gate 3 era, até maio do ano passado, visto como um produto de segunda categoria, “requentado do Stadia” (second-run Stadia RPG), merecedor de não mais que US$ 5 milhões em royalties para uma oportunidade de brilhar no catálogo do Game Pass.
É verdade que o sucesso de Baldur’s Gate 3 surpreendeu até o Larian Studio, que esperava alcançar 100 mil jogadores na Steam no lançamento e não quase 900 mil como aconteceu.
Na planilha da Microsoft, o RPG aparece no final da lista na ordem de “Wow factor”, junto de Just Dance e Let’s Sing ABBA, marcado com o termo “hub”, que não tem significado claro, podendo ser uma referência ao Xbox Insider Hub, o programa do Xbox que dá acesso a teste de jogos aos fãs. A chance de negociar o jogo para o Game Pass é considerada “média” pela Microsoft e a oferta seria de meros US$ 5 milhões.
Em comparação, Star Wars Jedi Survivor seria digno de uma oferta de US$ 300 milhões para integrar o serviço e Suicide Squad valeria US$ 250 milhões, o que prova o quão inaptos são os executivos da Microsoft ao avaliar a qualidade de conteúdo. Outros jogos aparecem na lista com os valores a serem negociados para inclusão no Game Pass:
Gotham Knights – $30M
Dying Light 2 – $50M
LEGO Star Wars – $35M
GTA V – $12-$15M/mês
Red Dead 2 – $5M/mês
A Microsoft parece já ter mudado sua visão sobre Baldur’s Gate 3 hoje, tanto que recentemente concordou em abrir uma excessão para que o Larian Studio lance o jogo no Xbox Series S sem o recurso de multiplayer em tela dividida, que impediu o lançamento no Xbox Series X|S. O RPG foi lançado para PC em agosto e chegou ao PS5 em 6 de setembro.