A Nintendo não está interessada em aquisições de estúdios que façam número em seu portfólio e será criteriosa ao investir em aquisições no futuro, focando-se principalmente em negócios que tragam algum avanço tecnológico à empresa.
Isto é o que disse o presidente Shuntaro Furukawa ao discutir os planos da empresa para suas reservas de 1 trilhão de ienes (US $ 9,2 bilhões) durante uma coletiva de imprensa.
“Precisamos manter reservas de caixa para garantir a estabilidade financeira, mas se precisarmos responder ao rápido avanço da inovação tecnológica, podemos adquirir empresas que possuam a tecnologia”, disse Furukawa na conferência que apresentou resultados recordes para a Nintendo.
Furukawa disse em fevereiro que simplesmente aumentar o tamanho das equipes de desenvolvimento da Nintendo por meio de aquisições, similar ao que tem feito a Microsoft, não seria prudente, pois não resultaria necessariamente em uma linha de jogos de maior qualidade.
Para a Nintendo, a abordagem para fusões e aquisições se baseia em se os alvos potenciais podem “melhorar o valor do entretenimento que a Nintendo oferece”.
A última aquisição de estúdio feita pela Nintendo foi em janeiro e o alvo foi a Next Level Games, desenvolvedora de Luigi’s Mansion 3. Esta foi a primeira aquisição em mais de uma década para a Nintendo, e justificada pela boa e longa duração da relação entre as partes. Antes de Luigi’s Mansion, o estúdio com sede em Vancouver, Canadá, trabalhou em jogos como Mario Strikers Charged, Punch Out!! e Metroid Prime: Federation Force.
“Este é um parceiro com o qual trabalhamos há muitos anos para desenvolver vários softwares e decidimos que poderíamos melhorar a qualidade e a velocidade do desenvolvimento tornando-o uma subsidiária e trabalhando juntos”, disse Furukawa na ocasião.
“Não estamos adquirindo empresas cegamente porque queremos recursos de desenvolvimento. Não achamos que simplesmente expandir a escala de nossos negócios realmente aumentará o valor do entretenimento que a Nintendo oferece”.