O príncipe Harry, sexto na linha de sucessão ao trono britânico, criticou duramente Fortnite e pediu que o jogo seja proibido por conta de seu caráter viciante.
Durante um evento da YMCA (Associação Cristã de Moços) em Londres, o príncipe e duque de Sussex comentou, entre especialistas, que jogos e mídias sociais hoje são mais viciante do que drogas ou álcool e Fortnite seria um jogo “criado para viciar”. Ele, portanto, deveria ser proibido.
“Esse jogo não deveria ser permitido. Onde está o benefício de tê-lo em sua casa?”, disse ele. “Foi criado para viciar. Um vício para mantê-lo na frente de um computador pelo maior tempo possível. É tão irresponsável”.
Especialistas ao redor do mundo têm debatido sobre o poder de vício dos jogos e é esperado que uma “doença de jogatina” seja incluída na Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) no próximo fórum da Assembleia Mundial da Saúde em maio.
O príncipe Harry alertou que os pais deveriam agir e fazer com que seus filhos interajam mais com o mundo exterior, mas também reconhece que muitos não sabem como resolver o dilema. “Os pais levantaram as mãos – eles não sabem o que fazer sobre isso”, disse ele. “É como esperar que o dano seja feito”.
Critica similar foi feita pelo príncipe às redes sociais, que seriam um vício normalizado e ainda pouco reconhecido como tal. “É mais perigoso porque é normalizado e não há restrições para isso”, disse o sucessor ao trono britânico. “Estamos em um momento de alteração da mente”.
Fortnite é o mais popular entre muitos jogos viciantes. Recentemente, ele passou dos 250 milhões de usuários registrados e não dá sinais de que sairá de moda tão cedo.