A Konami sem Kojima, sem Metal Gear, Castlevania, Silent Hill e outros jogos de peso nunca foi tão sem graça para os jogadores tradicionais, mas para seus investidores, a empresa está no auge. A última apresentação de resultados do grupo japonês revelou que os lucros foram recorde pelo segundo ano consecutivo.
O ano fiscal 2018-2019 viu um incremento de 11,8% nos lucros em relação ao ano anterior e foi o quinto ano consecutivo de crescimento para a Konami desde o momento de crise em 2014.
Apesar de ser um grupo com negócios diversificados, que incluem academias de ginástica, a divisão de games e entretenimento continua sendo a principal e mais lucrativa da Konami. Mas esta inclui máquinas para jogos de azar e pachinko (um cruzamento entre pinball e máquina caça-níquel popular no Japão), além dos video games tradicionais, entre os quais as séries Pro Evolution Soccer e Yu-Gi-Oh seguem sendo as principais fontes de receita.
Coincidência ou não, o bom momento financeiro da Konami veio após o divórcio com Hideo Kojima e seu estúdio, efetivado em 2015. Na ocasião, notícias dos bastidores indicaram que havia um conflito entre o perfeccionismo e a gastança de Kojima, que investia pesado nas super-produções de Metal Gear Solid para lançar jogos esporadicamente, e a mentalidade mais pragmática dos executivos da Konami, que viam mais oportunidades de lucro em jogos mais simples, baratos e lançados com regularidade, como os títulos para plataformas móveis e as atualizações de Pro Evolution Soccer.