Qual seu estilo de jogo favorito? Plataforma? Jogos de apostas como os encontrados no casino.netbet.com? Ou são os RPGS? Quanto a este último, durante os anos 90 e boa parte dos 2000, um dos gêneros que mais faziam sucesso entre os jogadores de videogame eram os RPGs em turnos, com batalhas em efeito de transição de tela, especialidades de alguns dos estúdios japoneses mais prestigiados.
Nessa época, eles eram chamados apenas de “RPG”, mas com a popularização de jogos semelhantes vindos do ocidente, eles eventualmente passaram a ser chamados de “JRPG”, sendo que o “J” significa Japão. Justamente por essa diferenciação, há duas origens para o gênero, sendo uma o ocidente e outra o Japão, que é o foco deste artigo.
As origens dos RPGS japoneses datam do início da década de 80, sendo que o primeiro a trazer elementos do gênero foi lançado para PC em março de 1982 com o título Underground Exploration. Ele foi sucedido por outro chamado Spy Daisakusen, sendo que este explorava um estilo mais moderno, em contraste aos RPGs de mesa que buscavam um clima mais medieval.
O primeiro a experimentar o sistema de encontro aleatório para as batalhas foi The Dragon and Princess, desenvolvido pela Koei, que era um jogo de adventure em textos onde a tela mudava ao encontrar inimigos e você tinha que dar o comando para atacar. A mesma desenvolvedora lançou no ano seguinte o Secrets of Khufu, com elementos de “dungeon crawl” e batalhas aleatórias, enquanto uma outra desenvolvedora, a Nihon Falcom, desenvolveu o jogo Panorama Toh, que contava com o primeiro mapa de mundo.
Já em 1984, a Nihon lançou Dragon Slayer, sendo este considerado o primeiro jogo do gênero RPG de ação, diferente dos anteriores que tinham elementos do gênero, mas ainda estavam no experimentalismo. Basicamente, Dragon Slayer tem um mapa mundi gigante, e você deve entrar em dungeons para solucionar enigmas, enfrentar chefes e prosseguir na aventura. É considerado o principal influenciador da série Zelda, sendo que o jogo de 1986 lançado para o Nintendinho tem muitos elementos deste.
Ainda em 1984, os desenvolvedores da Bullet-Proof Software lançaram um jogo chamado The Black Onyx para PC, sendo este o pioneiro a ter uma equipe de cinco membros e misturar com batalhas em turnos. Curiosamente, sua jogabilidade era em primeira pessoa, com efeitos que simulavam 3D já naquela época. Nas dungeons era possível encontrar baús com escudos e outros tipos de equipamentos. De grande sucesso no Japão, ele foi eleito o jogo do ano pela revista Login, a mais importante publicação sobre computadores na época.
Curiosamente, no ano de 1985 a Square lançou seu primeiro RPG, o futurista Genesis Beyond the Revelation, vindo três anos antes de um Final Fantasy. Sem grande repercussão, ele era bem semelhante à série ocidental Ultima.
Nos videogames, o primeiro RPG japonês de grande repercussão foi Dragon Quest, uma série que perdura até os dias de hoje. Segundo o designer do primeiro jogo, Yuji Hori, na época os RPGs de consoles e PCs eram destinados aos jogadores “hardcores” de videogame, e ele queria algo que fosse fácil para todo mundo entender e que fosse bastante divertido para todos.
Na época, os já citados Black Onyx e Dragon Slayer eram muito populares na terra do sol nascente, e também havia conversões de jogos de RPG do ocidente. Como o NES de 8 bits possuía um controle com apenas dois botões, e não um teclado inteiro, a jogabilidade teve que ser drasticamente facilitada para que os comandos não precisassem ser escritos, mas sim selecionados em um menu. Uma seta indicaria “atacar”, “magia” ou “fugir”.
Também foi o primeiro a introduzir o sistema de avanço de níveis, algo que virou padrão nos jogos do gênero, já que a ideia era que o herói ficasse cada vez mais forte a medida que o jogo fosse avançando, e cada uma das batalhas seria importante para o avanço de nível. Além disso, ele anteriormente tinha desenvolvido uma Visual Novel, chamada Portopia, que tinha grande ênfase na narrativa, e essa seria uma boa oportunidade de contar uma história dentro de um RPG, algo inovador para a época também.
Seu grande sucesso fez com que muitas empresas apostassem no gênero e este acabou se tornando um dos maiores interesses do público asiático. Em 1987, a já citada Squaresoft lançou para o NES o primeiro Final Fantasy, que inovava perante os de sua época por contar uma história bem mais elaborada e ter um sistema de batalha em visão lateral, diferente de Dragon Quest em que era em primeira pessoa. Os elogios à história levaram o produtor Hironobu Sakaguchi a enfatizar este aspecto no segundo episódio, criando um jogo para consoles que tinha reviravoltas épicas, mortes e momentos dramáticos.
O gênero foi em seguida explorado pela Atlus, que lançou Digital Devil Story: Megami Tensei, um jogo com o diferencial de ser ambientado em um mundo moderno, e não medieval como os outros.
Já a SEGA também deu a sua contribuição para o mundo dos RPGs com o primeiro Phantasy Star para Master System, sendo que este contava com uma protagonista feminina, algo que não era visto até então. Além disso, o jogo misturava elementos de dungeon crawler em primeira pessoa com RPGs tradicionais com a “vista de cima” dos seus contemporâneos. Outra inovação proposta por Phantasy Star foi contar a história individual de cada membro da equipe.