A Electronic Arts finalmente tornou público aquilo que analistas independentes já apontavam desde o ano passado: Dragon Age: The Veilguard “flopou” e vendeu menos da metade do que a editora previa.
No interesse da transparência para seus acionistas, a EA revisou suas previsões para baixo antes da apresentação dos seus resultados, que ocorrerá no dia 4 de fevereiro, e confirmou que Dragon Age: The Veilguard vendeu apenas 1,5 milhões de unidades, muito abaixo dos 3 a 4 milhões almejados. Coincidentemente ou não, o diretor do jogo, Corinne Busche, anunciou recentemente sua saída após mais de 18 anos na Electronic Arts.
Embora Dragon Age: The Veilguard tenha atraído mais holofotes da mídia e público por representar a decadência das produtoras americanas, contaminadas pelo ativismo político, o maior impacto negativo nas finanças da EA vem dos jogos de futebol, em particular o EA Sports FC 25, que gerou menos dinheiro do que o esperado. Um revés para a franquia que havia experimentado dois anos consecutivos de crescimento.
A Electronic Arts não especificou se sua decepção decorre do número de cópias vendidas ou dos gastos no jogo (ou uma mistura de ambos), mas adianta que houve uma queda de um digito percentual nas receitas.
Dados da GSD para a Europa, que é o principal mercado para EA Sports FC, revelaram uma redução de 5% nas vendas unitárias em comparação com o FC 24. Além disso, a empresa de análise de mercado Ampere relata uma redução de 1,8 milhões de usuários ativos mensais (MAUs) e uma queda de 2% no engajamento.
A Electronic Arts agora espera reservas líquidas (o equivalente à receita) de US$ 2,215 bilhões para o terceiro trimestre fiscal (outubro a dezembro de 2024) e uma faixa revisada de US$ 7 bilhões a US$ 7,15 bilhões para o ano fiscal completo (abril de 2024 a março de 2025).