A Sony divulgou seus resultados financeiros relativos ao trimestre encerrado em 30 de setembro de 2024. Em forte crescimento, a divisão do PlayStation não apenas manteve a superioridade sobre todos os outros setores, mas também motivou uma revisão para cima pela segunda vez este ano.
Apesar do fiasco sem precedentes de Concord, a divisão de jogos e serviços de rede registou resultados expressivos, com volume de negócios de 1,07 trilhão de ienes (US$ 6,99 bilhões), em comparação com 954 bilhões de ienes (US$ 6,23 bilhões) no mesmo trimestre do ano passado. O lucro operacional teve aumento ainda mais expressivo, muito provavelmente ajudado pelas demissões em massa feitas na divisão PlayStation no começo do ano, chegando a 139 bilhões de ienes (US$ 908 milhões), em comparação com 49 bilhões de ienes (US$ 320 milhões) no ano passado.
Embora as finanças tenha melhorado significativamente, as vendas do PS5 seguiram a trajetória de queda, após atingiram o pico em 2023, o que já era esperado pela Sony.
Foram vendidos 3,8 milhões de PS5 entre julho e setembro de 2024, mais que no trimestre anterior (2,4 milhões) e não muito diferente dos 3,9 milhões que o PS4 registou na mesma fase da sua existência. Porém, a PS4 tinha grandes vantagens: um preço menor e o PS4 Pro já lançado a esta altura.
A base instalada do PS5 agora está em 65,5 milhões de consoles, atrás de 2 milhões se compararmos com o PS4 na mesma fase. A fabricante entregou 6,2 milhões de consoles até a metade do ano fiscal, o que significa que terá de encontrar uma forma de vender 11,8 milhões entre outubro de 2024 e março de 2025 para atingir o objetivo de 18 milhões. O PS5 Pro, lançado na última quinta-feira, pode proporcionar o impulso necessário.
A Sony explica que o crescimento dos resultados trimestrais se deve a fatores como o aumento das vendas de jogos de terceiros e conteúdos adicionais, o impacto favorável das taxas de câmbio e o aumento das vendas de assinaturas PlayStation Plus (mais precisamente o crescimento das assinaturas Extra e Premium/Deluxe). Os executivos da empresa também mencionou especificamente o impacto de “um novo jogo de esportes” e “um RPG de ação da China” lançados no período, sem dúvida referindo-se a EA Sports College Football 25 e Black Myth: Wukong.
No que diz respeito aos seus próprios jogos, a Sony não teve muito o que comemorar neste balanço. Enquanto Helldivers 2 está indo bem, Concord foi um fracasso que custou ao menos 200 milhões à empresa, mas trouxe um aprendizado que o CEO Hiroki Tataki considera de grande importância.
“Pretendemos construir um portfólio ideal de títulos durante o período do nosso plano de médio prazo, que combine jogos single-player, que são o nosso ponto forte e que têm maior probabilidade de se tornarem sucessos graças às nossas licenças comprovadas, com jogos em serviço contínuo que oferecem potencial de crescimento e ao mesmo tempo assumem alguns riscos no momento de seu lançamento”, comentou Totoki.
Como era de se esperar, a Sony vendeu menos consoles que no ano passado (3,8 milhões contra 4,9 milhões), mas ainda assim obteve mais rentabilidade graças à queda nos custos de produção ou ao fato de ter aumentado os preços do console no Japão.
As vendas de jogos, por sua vez, seguiram trajetória ascendente com 77,7 milhões de jogos PS5 vendidos entre julho e setembro, em comparação com 67,6 milhões um ano antes. Astro Bot, um dos poucos lançamentos “first party” da Sony este ano, vendeu 1,5 milhão de cópias até 3 de novembro de 2024.